quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Cordeiros são abençoados pelo Papa para dar origem aos novos pálios.

Foram apresentados ao Papa na manhã desta quarta-feira (21/01), antes da Audiência Geral, no átrio da Casa Santa Marta, os dois cordeiros abençoados por ocasião da memória litúrgica de Santa Inês.
Pálio Arquiepiscopal
A lã dos cordeiros será utilizada para confeccionar os Pálios dos novos Arcebispos Metropolitanos. O Pálio é uma insígnia litúrgica de honra e de jurisdição que é usado pelo Papa e pelos Arcebispos Metropolitanos nas suas Igrejas e naquelas das suas províncias. O Pálio destinado aos Arcebispos Metropolitanos é constituído por uma estreita faixa confeccionada em lã branca e decorada com seis cruzes de seda preta.
O rito de imposição do Pálio aos Arcebispos Metropolitanos é realizado pelo Papa no dia 29 de junho, no Vaticano, durante a Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.
Fonte: Rádio Vaticano

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Homenagem

Nascido aos 25 de janeiro de 1962 em União dos Palmares, Estado de Alagoas, Brasil.
Foi ordenado sacerdote no dia 1º de novembro de 1992 em Arujá, Diocese de Mogi das Cruzes – SP. 
Estudos:
Cursou o primeiro e o segundo grau em Mogi das Cruzes.
Cursou Filosofia no Seminário Sagrado Coração de Jesus – Mogi das Cruzes – SP, e Teologia na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção – São Paulo -SP.
Atividades exercidas:
• Vigário Paroquial da Paróquia Jesus Cristo Redentor do Homem, em Itaquaquecetuba, Diocese de Mogi das Cruzes (1992-1993);
• Coordenador de Pastoral e Coordenador Vocacional da Diocese de Mogi das Cruzes (1994-2000);
• Administrador Paroquial da Paróquia Jesus Cristo Redentor do Homem, em Itaquaquecetuba (1994-1997)
• Pároco da Paróquia São José em Salesópolis (desde 1997)
• Pároco da Paróquia São José em Salesópolis, e Diretor Espiritual dos Seminaristas da Diocese de Mogi das Cruzes.
•  Ordenação Episcopal  25/03/2011, em Mogi das Cruzes, SP;
•  21/04/2011 – Apresentação à Arquidiocese de Fortaleza, na Missa do Santo Crisma, na Catedral Metropolitana de Fortaleza.
fonte Arquidiocese de Fortaleza.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Dom Antônio Tourinho é sagrado bispo.

Nomeado pelo papa Francisco em 12 de novembro de 2014, foi sagrado bispo neste sábado 17 de janeiro em Jequié - BA, em frente a Catedral Santo Antonio.

Sagrante: Dom José Ruy, OFMcap
Co-sagrantes: Dom Fernando Saburido
                     Dom Cristiano Krapf.

Lema: O amor vence tudo

Homilia da do Sagrante Dom José Ruy, OFMcap

Aos co-sagrantes desta ordenação episcopal, Dom Antônio Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife e o bispo emérito desta diocese, Dom Cristiano Krapf. Aos Irmãos Bispos deste Regional Nordeste III, na pessoa do nosso Metropolita, confrade e amigo, Dom Luiz Pepeu, dos Irmãos Bispos do Nordeste II que acolhe o ordenando.
Saudando o Vigário Geral de nossa Diocese de Jequié, Mons. Haroldo Coêlho; nos presbíteros assistentes do ordenando, Mons. Luiz Rodrigues e Pe. Dourival Miranda, saúdo os demais sacerdotes que concelebram esta divina liturgia, incluindo também os diáconos, seminaristas e religiosas.

Amado Povo de Deus,
O Evangelho Jo 15,9-17 proclamado no qual o Mestre nos ensina a PERMANECER é a grande lição de hoje num mundo marcado pela fugacidade, um tempo sublinhado por relações descartáveis. São poucos aqueles que pensam e planejam o eterno, o definitivamente duradouro.
É uma passagem que pertence ao conjunto de discursos de despedida de Jesus em que Ele pede aos discípulos, além da permanência na fé, também exige a permanência no amor.
Para isto Jesus se faz protótipo e modelo do amor. “Ele permanece no amor do Pai” (Jo 15,10) e “dá a vida por seus amigos” (15,13).
Como se baseia no amor de Deus, é, e sempre será pura Graça.
“O mandamento do amor não é para covardes e tímidos, mas sua suavidade vive da temeridade dos mártires, semelhante à virgindade cuja dignidade se baseia na audácia intrépida que é maior que a dos guerreiros”. (Santo Ambrósio, De Virg.) 
É através do mandamento do amor que se decide conversão ou apostasia. 
Ainda neste trecho do Evangelho segundo João, podemos nos interrogar que sendo o amor a essência de Deus e o sentimento mais nobre do ser humano, possa ser tornar uma obrigação, um mandamento?
Lembro-me de uma passagem de um dos livros de saudoso Alceu Amoroso Lima, conhecido e amado filósofo católico no Brasil, em que o mesmo emitia uma crítica a Sheakespeare, quando colocava na boca de Hamlet, a questão: “ser ou não ser”. O Prof. Alceu afirmava que esta não é a questão existencial do ser humano, pois nós já existimos, somos. A questão, segundo ele, é exatamente esta: “amar ou não amar”. 
Isto posto, ao saudar o Mons. Antônio Tourinho, congratulo-me com o mesmo na escolha de seu lema episcopal: “o amor tudo vence”.
Parafraseando, Kiekegaard, podemos dizer: “o homem que ama de verdade, quer amar para sempre. O amor precisa ter como horizonte a eternidade, caso contrário é apenas um passatempo”.
Quem ama é bem feliz não somente em poder amar, mas em dever amar. Este é o mandamento mais bonito e mais libertador do mundo.
O saudoso Cardeal Martini, uma vez arcebispo de Milão, escreveu pouco antes de falecer um livro intitulado, “ O Bispo”. Neste opúsculo, o saudoso purpurado dizia que “o bispo é colocado num candelabro para iluminar a todos” . Foi assim que compreendi que tantas vezes não sou apenas a sétima vela colocada sobre o altar nas celebrações festivas ou solenes, mas devemos ser a sétima vela colocada diariamente na vida das pessoas.
Segundo as palavras do Pontifical Romano para esta divina liturgia, “No Bispo com seus presbíteros está presente entre vós o próprio Jesus Cristo, Senhor e Pontífice eterno. Pelo ministério do Bispo, é Cristo que continua a proclamar o Evangelho e a distribuir aos que creem os sacramentos da fé. Pela solicitude paternal do Bispo, é Cristo que incorpora novos membros à Igreja. Pela sabedoria e prudência do Bispo, é Cristo que vos conduz nesta peregrinação terrena, até a felicidade eterna”.
Certamente, Mons. Antônio, durante o seu retiro em preparação a este momento profundo, ao meditar a Regra Pastoral de São Gregório Magno, chegaram ao seu coração estas inesquecíveis palavras que, um homônimo deste santo,Dom Magnus, me advertia a nunca esquecer: “ que o bispo não aspire a algum sucesso da vida presente, nem tema adversidade alguma, menospreze as adulações deste mundo, considerando o que no íntimo causa temor, e, ao mesmo tempo, não despreze o temor...No sucesso, não se ensoberbeça, não se abata na adversidade; nenhuma adulação o seduza a ponto de fazê-lo buscar o prazer; a severidade das dificuldades não o desencorajem. Que paixão alguma atenue o vigor do seu espírito e que, assim, ele possa mostrar toda beleza do véu umeral que recobre seus ombros...”
Ainda assim, meu Irmão, evocando mais uma vez as palavras do Pontifical: “Prega a Palavra, quer agrade, quer desagrade”.
A experiência de São Basílio nos deixa em um de seus ensinamentos, incorporados à teologia do episcopado, que “o Bispo preside em lugar do Pai”.
O Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática Lumen Gentium 20, afirma: “Os bispos por instituição divina sucedem o lugar dos apóstolos como pastores da Igreja, e quem os escuta, escuta a Cristo, quem os despreza, despreza o Cristo e aquele que o enviou”.
Aos 12 de novembro do ano passado, Deus lhe confiou a missão de pastorear sua Igreja, como bispo auxiliar da secular Arquidiocese de Olinda e Recife. Hoje, na sua missão de Pastor, reze para ter sempre presente, no seu múnus, o espírito do serviço, a exemplo do que nos recomendava o saudoso São João Paulo II, quando afirma: “Tendo sempre diante dos meus olhos o exemplo do Bom Pastor que veio, não para ser servido, mas para servir e dar a vida pelas ovelhas… então, o sentido do ministério do próprio ser de quem, como os doze, é chamado a entrar na maior intimidade com Jesus, só pode consistir numa disponibilidade total e sem condições aos outros, quer já pertençam ao aprisco, quer ainda não” (Pastores Gregis n.42). 
Na sociedade secularizada em que vivemos, não há lugar para Cristo. Ele não é mais o centro de nossa vida, de nossa família e, muitas vezes, nem mesmo de nossa espiritualidade. Consequência disso, é o crescente secularismo e o indiferentismo generalizado com que temos nos defrontado. 
Meu querido irmão, você terá muito o que ensinar, e, certamente, muito a apreender, pois espraia-se aos seus pés de pastor uma vasta área que mais parece com a missão assumida por Santo Antônio de Pádua quando desejou ir ao Oriente. A Arquidiocese de Olinda e Recife, que também possui Santo Antônio como Patrono é imensa em sua história e mais ainda em seus desafios. Ali o nosso confrade Dom Vital, entregou literalmente a sua vida e Dom Hélder Câmara atualizou. Deus nos inspire, como Igreja, a jamais esquecer que os leprosos de outrora continuam ainda perambulando pelas ruas de nossas cidades na figura dos excluídos, a fim de que, como cristãos, contribuamos para sua reinserção de maneira digna na comunidade! E como fizeste isso tão bem, caríssimo. Seja com os dependentes químicos, seja com os andarilhos.
Lembre-se sempre, dileto irmão: não pregamos para nós mesmos, as nossas ideologias, mas a de Jesus Cristo e seu Evangelho, da sua Igreja, única e verdadeira na qual entregamos nossas vidas por uma profissão de fé. Jamais esqueçamos de que somos depositários e não proprietários da Palavra de Deus. Por esta razão, devemos estar a serviço desta Palavra com total fidelidade e disponibilidade.
Nunca deixe que o vosso ministério de pastor fique à mercê das fantasias, das ideologias e dos interesses dos homens, dos modismos teológicos que surgem de pessoas, mesmo que no interno da Igreja...
Não somos donos desse ministério, deveremos apascentar segundo o coração de Jesus. É ele que nos orienta. Ele que nos dá a força e a coragem para a labuta diária. Sem a vida de oração, sem a Eucaristia, sem o diálogo, nada podemos e nada somos. Se assim nos tornarmos, fatalmente conduziremos nosso rebanho para os precipícios da pós-modernidade.
Deixe que Deus seja Deus. Não tome o lugar do Supremo Pastor que é Jesus Cristo, mas sonhe, pense, sinta e aja como se em lugar de Cristo.
O Papa Francisco lhe confiou, Padre Tom, a missão de ajudar Dom Fernando Saburido a dar continuidade aos trabalhos da Arquidiocese de Olinda e Recife, uma Igreja reunida em torno do Bispo e seu Presbitério. Mais uma vez o mistério da Igreja se realiza e o corpo de Cristo ganha expressão concreta. 
A comunhão é a espinha dorsal de todo o ser Igreja. Uma comunhão que se fundamenta na comunhão trinitária. Padre e bispo devem estar ligados intimamente à Santíssima Trindade. Sem comungar com a Santíssima Trindade não poderão comungar entre si e serão incapazes de gerar comunhão. Esta unidade, esta comunhão, tem como princípio e fundamento visível, o bispo, juntamente com o seu presbitério. O bispo é investido da plenitude do sacramento da Ordem. É a partir desta plenitude que se tece a comunhão eclesial. Somente neste sentido se pode dizer: Ubi Episcopus, ibi Ecclesia! (Onde está o bispo está a Igreja).
Esta missão episcopal traz consigo a responsabilidade de ser mestre da doutrina, sacerdote do culto e ministro do governo. Não esqueças, de que todas as responsabilidades devem ser norteadas pelo cajado do Bom Pastor que dá a vida por seu rebanho. Seja sempre um bispo sinal visível de unidade e comunhão da Igreja. Assim como vez tão bem o fez por estas plagas. Quero recordar, permita-me Padre Tom, sua profissão de fé e seu juramento de fidelidade, quando lhe confiei ser o meu Vigário Geral nesta querida Diocese de Jequié. Ali, na humilde capela de Santa Terezinha na sua ex-paróquia do Km 100, ao final da Santa Missa, o senhor declarava solenemente seu pacto de comunhão e unidade com o seu bispo e as suas orações diárias em meu favor. Dom Fernando, é este o bispo auxiliar que o senhor e sua Arquidiocese ganham neste momento.
Um sacerdote que ao chegar do seus estudos em Direito Canônico no Rio de Janeiro, foi destinado a uma pequena e recém criada paróquia do interior, onde se deslocava, de batina, na carona de uma ambulância para atender suas comunidades rurais. Padre Tom em Aiquara, Padre Tom da Catedral, Padre Tom do Km 100, Pe. Tom da Fazenda da Esperança.
Jamais esquecerei no coração e nunca se apagará em minha mente, quando fomos, em companhia de Pe. Washington, a uma rádio local anunciar a sua nomeação episcopal. Entre tantos ouvintes, muito júbilo. Mas, o primeiro que apareceu para lhe abraçar foi aquele que primeiro recebeu a graça da cura no tratamento contra a dependência das drogas.
Que o bom Deus lhe conceda sabedoria, caridade e firmeza necessárias para pastorear, tendo a alma repleta de sentimentos de ternura e afeto no agir de pastor, impulsionado pela fidelidade, coragem e disponibilidade de Nossa Senhora.

fonte Diocese de Jequié.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Homenagem.

O bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte dom Wilson Luís Angotti Filho é mestre em teologia dogmática pela Universidade Gregoriana de Roma (Itália).
Dom Wilson estudou filosofia e teologia, respectivamente, no Seminário Diocesano de São Carlos e na Faculdade Pontifícia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Foi ordenado padre em 1982. Exerceu inúmeras atividades na Diocese de Jaboticabal. Foi vigário paroquial nas Paróquias de São João Batista e Nossa Senhora Aparecida, de Bebedouro (SP), coordenador diocesano da Pastoral Vocacional. Dom Wilson integrou as Equipes de Formação do Seminário, do Conselho de Presbíteros e Colégio de Consultores. Foi professor no Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, no Instituto de Teologia Nossa Senhora do Carmo, em Jaboticabal, e no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese de Brasília. Também foi assessor diocesano da Catequese, coordenador diocesano de Pastoral e pároco da Paróquia São Judas Tadeu, na cidade de Jaboticabal (SP).

Entre 2007 e início de 2011, dom Wilson foi assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, da Conferência Nacional do s Bispos do Brasil (CNBB), além de integrar o Instituto Nacional de Pastoral (INP) e o Conselho Editorial das Edições CNBB. Atualmente é membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, da CNBB.

Dom Wilson foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte pelo Papa Bento XVI no dia 4 de maio de 2011. Recebeu a ordenação episcopal no dia 1º de julho do mesmo ano. Paulista de Taquaritinga, filho de Wilson Luís Angotti e Iracy Fernandes Angotti, dom Wilson nasceu no dia 5 de abril de 1958.

No dia 26 de outubro de 2012, recebeu do Governo de Minas a Medalha Santos Dumont, considerada a segunda condecoração mais importante entre as oferecidas pelo estado, a pessoas que de alguma forma prestaram serviços importantes à sociedade. 

O Portal Católico felicita dom Wilson pelo seu trabalho pastoral.

Fonte Arquidiocese de Belho Horizonte.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Reflexão

No Ano da Caridade, a construção da Paz.”

Iniciamos 2015 sob o sinal da Caridade na construção da Paz. Para nós na Arquidiocese de Fortaleza será este o Ano da Caridade, terceiro ano no triênio na celebração do Jubileu Centenário da Arquidiocese. Para toda a humanidade, nos votos e mensagem do Papa Francisco, a Paz se constrói com a Fraternidade, fundamento e caminho para a Paz: por isto o lema: “Já não escravos, mas irmãos”.
Em sua mensagem para a celebração do 48º Dia Mundial da Paz assim fundamenta com simplicidade direta o Papa Francisco (recomendamos sua completa leitura): “2. O tema, que escolhi para esta mensagem, inspira-se na Carta de São Paulo a Filemon; nela, o Apóstolo pede ao seu colaborador para acolher Onésimo, que antes era escravo do próprio Filemon, mas agora se tornou cristão, merecendo por isso mesmo, segundo Paulo, ser considerado um irmão. Escreve o Apóstolo dos gentios: «Ele foi afastado por breve tempo, a fim de que o recebas para sempre, não já como escravo, mas muito mais do que um escravo, como irmão querido» (Flm 15-16). Tornando-se cristão, Onésimo passou a ser irmão de Filemon. Deste modo, a conversão a Cristo, o início duma vida de discipulado em Cristo constitui um novo nascimento (cf. 2 Cor 5, 17; 1 Ped 1, 3), que regenera a fraternidade como vínculo fundante da vida familiar e alicerce da vida social.”
É da constatação de que: “Infelizmente, o flagelo generalizado da exploração do homem pelo homem fere gravemente a vida de comunhão e a vocação a tecer relações interpessoais marcadas pelo respeito, a justiça e a caridade.” “Infelizmente, entre a primeira criação narrada no livro do Gênesis e o novo nascimento em Cristo – que torna, os crentes, irmãos e irmãs do «primogênito de muitos irmãos» (Rom 8, 29) –, existe a realidade negativa do pecado, que interrompe tantas vezes a nossa fraternidade de criaturas e deforma continuamente a beleza e nobreza de sermos irmãos e irmãs da mesma família humana. Caim não só não suporta o seu irmão Abel, mas mata-o por inveja, cometendo o primeiro fratricídio. «O assassinato de Abel por Caim atesta, tragicamente, a rejeição radical da vocação a ser irmãos. A sua história (cf. Gen 4, 1-16) põe em evidência o difícil dever, a que todos os homens são chamados, de viver juntos, cuidando uns dos outros».[2]”
Esta infelicidade humana tem entre tantas causas uma fundamental: “4. Hoje como ontem, na raiz da escravatura, está uma concepção da pessoa humana que admite a possibilidade de tratá-la como um objeto. Quando o pecado corrompe o coração do homem e o afasta do seu Criador e dos seus semelhantes, estes deixam de serem sentidos como seres de igual dignidade, como irmãos e irmãs em humanidade, passando a ser vistos como objetos. Com a força, o engano, a coação física ou psicológica, a pessoa humana – criada à imagem e semelhança de Deus – é privada da liberdade, mercantilizada, reduzida a propriedade de alguém; é tratada como meio, e não como fim.”
E diante de tantas faces da escravidão (ainda hoje milhões de pessoas – crianças, homens e mulheres de todas as idades – são privadas da liberdade e constrangidas a viver em condições semelhantes às da escravatura) a que são submetidas por outras suas semelhantes, que são suas irmãs, a que somos todos chamados senão ao reconhecimento real da filiação comum de um único Pai, da irmandade comum no Cristo Senhor, o Filho de Deus que se fez Filho do Homem e Irmão de toda pessoa humana para nos unir em comunhão de vida e dignidade em toda a humanidade no único Amor que é o próprio Deus?
O Santo Padre o Papa Francisco convida a todos a “globalizar a fraternidade, não a escravidão nem a indiferença”, com atitudes pessoais, comunitárias em gestos concretos que vão muito além de qualquer retórica: “Nesta perspectiva, desejo convidar cada um, segundo a respectiva missão e responsabilidades particulares, a realizar gestos de fraternidade a bem de quantos são mantidos em estado de servidão. Perguntemo-nos, enquanto comunidade e indivíduo, como nos sentimos interpelados quando, na vida quotidiana, nos encontramos ou lidamos com pessoas que poderiam ser vítimas do tráfico de seres humanos ou, quando temos de comprar, se escolhemos produtos que poderiam razoavelmente resultar da exploração de outras pessoas. Há alguns de nós que, por indiferença, porque distraídos com as preocupações diárias, ou por razões econômicas, fecham os olhos. Outros, pelo contrário, optam por fazer algo de positivo, comprometendo-se nas associações da sociedade civil ou praticando no dia-a-dia pequenos gestos como dirigir uma palavra, trocar um cumprimento, dizer «bom dia» ou oferecer um sorriso; estes gestos, que têm imenso valor e não nos custam nada, podem dar esperança, abrir estradas, mudar a vida a uma pessoa que tateia na invisibilidade e mudar também a nossa vida face a esta realidade.”
“Temos de reconhecer que estamos perante um fenómeno mundial que excede as competências de uma única comunidade ou nação. Para vencê-lo, é preciso uma mobilização de dimensões comparáveis às do próprio fenômeno. Por esta razão, lanço um veemente apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas, de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contemporânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade, mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo,[12] o Qual Se torna visível através dos rostos inumeráveis daqueles a quem Ele mesmo chama os «meus irmãos mais pequeninos» (Mt 25, 40.45)
E neste ANO DA CARIDADE, em que nos reconhecemos “Levados pela Caridade de Cristo”(2 Cor 5, 14)reconhecemos que desde as“origens da família humana, o pecado de afastamento de Deus, da figura do pai e do irmão torna-se uma expressão da recusa da comunhão e traduz-se na cultura da servidão (cf. Gen 9, 25-27), com as consequências daí resultantes que se prolongam de geração em geração: rejeição do outro, maus-tratos às pessoas, violação da dignidade e dos direitos fundamentais, institucionalização de desigualdades. Daqui se vê a necessidade duma conversão contínua à Aliança levada à perfeição pela oblação de Cristo na cruz, confiantes de que, «onde abundou o pecado, superabundou a graça (…) por Jesus Cristo» (Rom 5, 20.21). Ele, o Filho amado (cf. Mt 3, 17), veio para revelar o amor do Pai pela humanidade. Todo aquele que escuta o Evangelho e acolhe o seu apelo à conversão, torna-se, para Jesus, «irmão, irmã e mãe» (Mt 12, 50) e, consequentemente, filho adotivo de seu Pai (cf. Ef 1, 5). No entanto, os seres humanos não se tornam cristãos, filhos do Pai e irmãos em Cristo por imposição divina, isto é, sem o exercício da liberdade pessoal, sem se converterem livremente a Cristo. Ser filho de Deus requer que primeiro se abrace o imperativo da conversão: «Convertei-vos – dizia Pedro no dia de Pentecostes – e peça cada um o batismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo» (At 2, 38). Todos aqueles que responderam com a fé e a vida àquela pregação de Pedro, entraram na fraternidade da primeira comunidade cristã (cf. 1 Ped 2, 17; At 1, 15.16; 6, 3; 15, 23): judeus e gregos, escravos e homens livres (cf. 1 Cor 12, 13; Gal 3, 28), cuja diversidade de origem e estado social não diminui a dignidade de cada um, nem exclui ninguém do povo de Deus. Por isso, a comunidade cristã é o lugar da comunhão vivida no amor entre os irmãos (cf. Rom 12, 10; 1 Tes 4, 9; Heb 13, 1; 1 Ped 1, 22; 2 Ped 1, 7). Tudo isto prova como a Boa Nova de Jesus Cristo – por meio de Quem Deus «renova todas as coisas» (Ap 21, 5)[3] – é capaz de redimir também as relações entre os homens, incluindo a relação entre um escravo e o seu senhor, pondo em evidência aquilo que ambos têm em comum: a filiação adotiva e o vínculo de fraternidade em Cristo. O próprio Jesus disse aos seus discípulos: «Já não vos chamo servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai» (Jo 15, 15).
 “No Ano da Caridade, (faremos) a construção da Paz”, vivendo a nossa filiação de Deus e a nossa fraternidade com os irmãos.
 Este Novo Ano, que a bondade infinita de Deus nos dá, seja guiado pela Palavra onipotente  que se fez carne impotente e mortal para nos guiar à imortalidade.
Que brilhe a Luz que ilumina todo homem vindo a este mundo, para que seus dias sejam cheios do Amor, da Paz e da Felicidade que agora prenunciam na História a Feliz Eternidade da qual nos faz participantes o Filho de Deus feito nosso Irmão.
Começamos o Novo Ano sob a proteção da Santa Mãe de Deus, Maria, que trouxe no seio virginal o Filho do Pai Eterno – o Príncipe da Paz: nEle nós somos “Já não escravos, mas irmãos” para sempre.
Feliz e Abençoado Ano do Senhor 2015.
Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano de Fortaleza

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Homenagem.

Biografia

Dom Jaime Spengler é filho de Genésio Bernardo (falecido em 31.05.2014) e Léa Maria Spengler. Nasceu no dia 6 de setembro de 1960 na cidade de Gaspar no Estado de Santa Catarina. Tem duas irmãs e um irmão; é o primeiro dos quatro filhos do casal. Aos quatorze anos começou a trabalhar na empresa “Linhas Círculo”, onde trabalhou por cinco anos. Mais tarde, decidiu ingressar na vida religiosa franciscana.

Após dois anos de estudos no Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1982, pela admissão no Noviciado na cidade de Rodeio(SC). Em 8 de dezembro de 1985, fez seus votos solenes na Ordem dos Frades Menores. Nos anos de 1983 a 1985 cursou Filosofia no Instituto Filosófico São Boaventura, de Campo Largo(PR). Posteriormente iniciou o curso de Teologia, no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis(RJ), concluindo-o no Instituto Teológico de Jerusalém em Israel, em 1990. Recebeu a Ordenação Diaconal no dia 29 de junho de 1989, na cidade de Nazaré, em Israel. Regressando ao Brasil, foi ordenado sacerdote em 17 de novembro de 1990, em Gaspar.

Em 1990 trabalhou no Noviciado Franciscano, em Rodeio. De 1991 a 1995 foi mestre de Postulantes e Professor no Seminário Frei Galvão, na cidade de Guaratinguetá(SP). Em Roma, fez o doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, nos anos 1995 a 2000. 

SERVIÇOS PRESTADOS

De 2000 a 2003 foi Vice-Reitor e Professor no Instituto Filosófico São Boaventura, na cidade de Campo Largo(PR). Foi assistente eclesiástico da Federação Brasileira das Irmãs Concepcionistas, nos anos de 2001 e 2002. De 2004 a 2006 foi Guardião da fraternidade franciscana Bom Jesus dos Perdões e Vigário Paroquial da Paróquia do mesmo nome, em Curitiba.

De 2007 a 2010, exerceu o serviço de Guardião da fraternidade Bom Jesus da Aldeia, e vice-presidente da Associação Franciscana de Ensino Bom Jesus, em Campo Largo(PR).

Em 2010, foi novamente Guardião da fraternidade franciscana Bom Jesus dos Perdões e Pároco da Paróquia do mesmo nome, em Curitiba, além de continuar como Vice-Presidente da Associação Franciscana de Ensino Bom Jesus de Campo Largo e atuar como professor no Curso de Filosofia do Centro Universitário Franciscano do Paraná.

Aos 10 de novembro de 2010, Dom Jaime foi nomeado Bispo-Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre, pelo Papa Bento XVI. A ordenação episcopal, presidida por Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico no Brasil, aconteceu no dia 5 de fevereiro de 2011, na Paróquia São Pedro Apóstolo, na cidade de Gaspar.

Nomeado Vigário episcopal do Vicariato de Gravataí(RS), foi apresentado ao mesmo durante celebração eucarística na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Anjos (Matriz de Gravataí), no dia 13 de março de 2011.

Durante a 49ª Assembleia Anual do Episcopado Brasileiro em Aparecida, em maio de 2013, foi escolhido pelos bispos do Rio Grande do Sul para ser o Bispo Referencial da Pastoral da Educação e Cultura, no Regional Sul-3 da CNBB.

Em 25 de junho de 2011 foi escolhido para integrar a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, sendo o Bispo Referencial para a Vida Consagrada no Brasil.

No dia 15 de agosto de 2012, foi nomeado pelo Arcebispo Dom Dadeus Grings como Procurador e Ecônomo da Arquidiocese de Porto Alegre.

Em 18 de setembro de 2013 o papa Francisco ao receber o pedido de renúncia de Dom Dadeus Grings concomitantemente nomeou Dom Jaime Spengler com o sétimo arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre.

No dia 29 de junho recebeu do papa Francisco o Pálio Arquiepiscopal na cerimônia de São Pedro e São Paulo, ligando-o assim a Igreja de Roma ao território da Arquidiocese, que supõe a Arquidiocese de Porto Alegre e suas dioceses sufragâneas: Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Montenegro e Osório.

O Portal Católico agradece a Dom Jaime Spengler pelo seu trabalho pastoral.

Fonte Arquidiocese de Porto Alegre.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Novo secretário para a Congregação para o Clero.

O Papa nomeou secretário da Congregação para o Clero, Mons. Joël Mercier, até então oficial da Congregação para os Bispos, elevando-o ao mesmo tempo à Sede titular da Rota, com dignidade de arcebispo.
Nascido 05 de janeiro de 1945 em Chaudefonds-sur-Layon, França, na diocese de Angers, Mons. Mercier começou os estudos superiores em Letras Clássicas em Paris na Universidade La Sorbonne, e, em seguida, em 1964, entrou no Seminário Universitário de Angers, obtendo o bacharelado em filosofia e a licenciatura em Teologia na Faculdade de Teologia da Université Catholique de l'Ouest em Angers.
Ordenado sacerdote 27 de junho de 1970 para a diocese de Angers, no período 1971-1974 concluiu a formação na Universidade Gregoriana de Roma, onde obteve o Mestrado e Doutorado em Direito Canônico. Em sua diocese ocupou vários cargos ministeriais; entre eles: vigário paroquial na paróquia Saint-Joseph em Angers (1974-1979); capelão de colégios católicos e escolas secundárias em Angers (1979-1987); secretário do bispo de Angers (1987-2001).
Desde 1975, também foi membro do Tribunal eclesiástico de "Pays de Loire" e, desde 1980, professor na Faculdade de Teologia de Angers.
Desde Janeiro de 2002 é oficial da Congregação para os Bispos e desde setembro de 2007 diretor espiritual no seminário francês de Roma. Em 31 de outubro de 2005, foi nomeado capelão de Sua Santidade.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Homenagem.


Dom Frei José Haring, OFM, (Gronau, Alemanha, 20 de dezembro de 1940), é um bispo católico. Bispo de Limoeiro do Norte.

Realizou seus primeiros anos de estudos em Nienberg (1949-1953). Cursou o secundário em Bardel (1953-1961).

Estudou Filosofia em Olinda (1962-1964) e Teologia em Salvador (1964-1967).

Especializou-se em Teologia e latim, em Bochum (1968-1971) .
Presbiterado
José Häring foi ordenado padre no dia 22 de julho de 1967, em Salvador .

Durante o presbiterado realizou as seguintes atividade:


  • Professor e formador 
  • Vigário cooperador em João Pessoa 
  • Pároco e guardião em João Pessoa 
  • Pároco em Aracaju 
  • Guardião do Convento Santo Antônio, em Aracaju 
  • Definidor da Província Santo Antônio

Episcopado
Frei José Haring foi nomeado bispo de Limoeiro do Norte pelo Papa João Paulo II, em 19 de janeiro de 2000 .

Recebeu a ordenação episcopal no dia 20 de março de 2000, em Aracaju, das mãos de Dom José Palmeira Lessa, Dom Frei Martinho Lammers, OFM, e de Dom João Maria Messi, OSM.

Lema: Unidos na mesma Fé
Atividades durante o episcopado

  • Vice-Presidente do Regional Nordeste 1 da CNBB
  • Presidente da CPP
  • Responsável pelas Pastorais Sociais Regional Nordeste 1 da CNBB
  • Presidente do Regional CNBB Nordeste 1
O Portal Católico deseja e agradece os trabalhos exercido por Dom Frei José Haring, OFM, como bispo da diocese de Limoeiro do Norte, CE.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Nomeações para o Brasil.

O Papa Francisco fez duas nomeações para a Igreja do Brasil nesta manhã de quarta-feira, 07 de Janeiro. A Nunciatura Apostólica do Brasil comunicou a nomeação  de Dom José Antonio Peruzzo para a Arquidiocese de Curitiba, transferindo-o da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, também no Estado do Paraná.

A Nunciatura  também comunicou a nomeação do Padre Leomar Antônio Brustolin como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre no Rio Grande do Sul, atualmente o padre exercia a função de pároco da Catedral da Diocese de Caxias do Sul.

Trajetória:

Dom José Antônio Peruzzo foi nomeado bispo de Palmas-Francisco Beltrão pelo Papa Bento XVI, em 24 de agosto de 20051 .
Recebeu a ordenação episcopal no dia 23 de novembro de 2005, na Catedral Nossa Senhora Aparecida na Arquidiocese de Cascavel, das mãos de Dom Armando CírioDom Lúcio Ignácio Baumgaertner e de Dom Frei Agostinho José Sartori.
Fez sua entrada solene na Co-Catedral Nossa Senhora da Glória, em Francisco Beltrão, no dia 9 de dezembro de 2005. No dia11 de dezembro de 2005, entrou solenemente na Catedral Senhor Bom Jesus da Coluna, em Palmas.
LemaEuntes docete eos (Fazei discípulos... ensinai)

Padre Leomar é natural de Caxias do Sul, nascido em 15 de agosto de 1967. Cursou Filosofia na Universidade de Caxias do Sul (UCS) e Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Foi ordenado sacerdote em 20 de dezembro de 1992.
Padre Leomar é doutor em Teologia Sistemática pela Pontifícia Università San Tommaso de Roma – Angelicum. Possui livros publicados nas áreas da Escatologia, Mariologia, Catequese e Pastoral.  Em sua trajetória sacerdotal, dedicou-se à assessoria teológico-pastoral e catequética em diversas dioceses do Brasil. No período de 2013 e 2014 participou da Comissão do Tema Central da 51ª Assembleia Geral da CNBB - “Comunidade de Comunidades, uma nova paróquia”.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Decano do Sacro Colégio



Ao Colégio dos Cardeais preside o Decano. O Decano não tem poder algum de governo sobre os demais Cardeais, mas é considerado como o primeiro entre iguais. Vagando o ofício de Decano, os Cardeais com o título de uma Igreja suburbicária, e só eles, elejam um deles para desempenhar as funções de Decano do Colégio; apresentem o nome ao Romano Pontífice, ao qual compete aprovar o eleito. O Decano se não tiver domicílio em Roma, adquira-no aí. (cf CIC - cân 352 §§ 1, 2 e 4)

Em 4/02/2013 o Decano  do Sacro Colégio dos Cardeais é Sua Eminência Reverendíssima o senhor Angelo Cardeal Sodano, Bispo das Igrejas Suburbicárias de Óstia e Albano.

Cronologia:
Nascimento: 23/11/1927, Isola d'Asti - Itália.
Educação: Seminário Diocesano de Asti; Pontifícia Universidade Gregoriana (doutorado em Teologia); Pontifícia Universidade Lateranense (doutorado em Direito Canônico); Pontifícia Academia Eclesiástica.
Sacerdócio: 23/09/1950.
Ministério Pastoral: professor de teologia; serviço diplomático.
Episcopado: 15/01/1978 como arcebispo titular e nomeado núncio no Chile. Pró-Secretário de Estado em 1º/12/1990.
Cardinalato: 28/06/1991 com o título de Santa Maria Nuova; promovido a Cardeal-Bispo de Albano em 10/01/1994, mantendo o título in commendum; eleito vice-decano do Sacro Colégio em 30/11/2002; eleito Decano do Sacro Colégio em 30/04/2005.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Quem ficou fora desse Consistório?

Eis que o Papa Francisco, anunciou neste domingo os nomes dos futuros cardeais para a nossa igreja, mas como é de costume alguns nomes, posso até dizer bem óbvios para o purpurado, ficaram sem receber o barrete cardinalício mais uma vez.

Em vez de se mostrar tradicional, e sabemos que nosso Papa não é, Bergoglio escolhe nomes do "fim do mundo" para fazer jus ao Papa do Fim do mundo. 

Veja quem poderiam ser o novos cardeais:

  • Dom Murilo Krieger, SCJ , Arcebispo de Salvador
  • Dom Cesare Nosiglia, Arcebispo de Turim
  • Dom Carlos Osoro Sierra, Arcebispo de Madrid
  • Dom Blase Joseph Cupich, Arcebispo de Chicago
  • Dom Fausto Gabriel Trávez, OFM, Arcebispo de Quito
  • Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, Arcebispo de Luanda
  • Dom Francesco Maraglia, Patriarca de Veneza.
Rezemos pelos novos cardeais, e pelo futuro conclave bergogliano.

Epifania do Senhor.


Como dizia Santo Agostinho, “celebramos, recentemente, o dia em que o Senhor nasceu entre os judeus; celebramos hoje o dia em que foi adorado pelos pagãos. Naquele dia, os pastores O adoraram; hoje, é a vez dos magos”.

A festa deste dia é nossa, daqueles que não são da raça de Israel segundo a carne, daqueles que, antes, estavam sem Deus e sem esperança no mundo!
Hoje, Cristo nosso Deus, apareceu não somente como glória de Israel, mas também como “luz para iluminar as nações” (Lc 2,32).
Hoje, começou a cumprir-se a promessa feita a nosso pai Abraão: “Por ti serão benditos todos os clãs da terra” (Gn 12,3).

Na segunda leitura desta Missa, São Paulo nos falou de um Mistério escondido e que agora foi revelado: “os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho”.
Eis: com a visita dos magos, pagãos vindos de longe, é prefigurado o anúncio do Evangelho aos não-judeus, aos pagãos, aos que desconheciam o Deus de Israel, Deus único verdadeiro. Ainda Santo Agostinho, explicando o mistério da festa hodierna, ensinava muito bem: “Ele é a nossa paz, Ele, que de dois povos fez um só (cf. Ef 2,14). Já se revela qual pedra angular, este Recém-nascido que é anunciado e como tal aparece nos primórdios do nascimento. Começa a unir em Si dois muros de pontos diversos, ao conduzir os pastores da Judeia e os Magos do Oriente, a fim de formar em Si mesmo, dos dois, um só homem novo, estabelecendo a paz. Paz para os que estão longe e paz para os que estão perto”.
É este, pois, o sentido da solenidade da santa Epifania do Senhor!

Hoje, cumpre-se o que o profeta Isaías falara na primeira leitura:
“Levanta-te, Jerusalém, acende as luzes, porque chegou tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor! Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e Sua glória já se manifesta sobre ti! Levanta os olhos ao redor e vê: será uma inundação de camelos de Madiã e Efa; virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor!”

Mas, estejamos atentos, porque a festa de hoje esconde um drama: a Jerusalém segundo a carne não reconheceu o Salvador: “O rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém”. Ela conhecia a profecia, mas de nada lhe adiantou, pela dureza de coração. É na nova Jerusalém, na Igreja, que somos nós, na nossa Mãe católica, que esta profecia de Isaías se cumpre. É a Igreja que acolherá todos os povos, unidos não pelos laços da carne, mas pela mesma fé em Cristo e o mesmo batismo no Seu Santo Espírito.
Que contraste, no Evangelho de hoje!
Jerusalém, que conhecia a Palavra, não crê e, descrendo, não vê a Estrela, não vê a luz do Menino.
Os magos, pagãos, porque têm boa vontade e são humildes, veem a Estrela do Rei, deixam tudo, partem sem saber para onde iam, deixando-se guiar pela luz do Menino e, assim, atingem o Inatingível e, vendo o Menino, reconhecem Nele o Deus perfeito: “ajoelharam-se diante Dele e O adoraram”.
Com humildade, oferecem-Lhe o que têm: “Abriram seus cofres e Lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra”: ouro para o Rei, incenso para o Deus, mirra para O que, feito homem, morrerá e será sepultado!
Os magos creem e encontram o Menino e “sentiram uma alegria muito grande”. Herodes, o tolo, ao invés, pensa somente em si, no seu título, no seu reino, no seu poder e tem medo do Menino! Escravo de si e prisioneiro de suas paixões, quer matar o Recém-nascido! A Igreja, na sua liturgia, zomba de Herodes e dos herodes, e canta assim: “Por que, Herodes, temes/ chegar o Rei que é Deus?/ Não rouba aos reis da terra/ Quem reinos dá nos céus!”.
Que bela lição, que mensagem impressionante para nós: quem se deixa guiar pela luz do Menino, O encontra e é inundado de grande alegria, e volta por outro caminho. Mas, quem se fecha para esta luz, fica no escuro de suas paixões, na incerteza confusa de suas próprias certezas, tão ilusórias e precárias... e termina matando e se matando!

Que nós tenhamos discernimento: não procuremos esta Estrela do Menino nos astros, nos céus! Não perguntemos sobre ela aos astrônomos, aos cientistas, aos historiadores. Sobre essa luz, sobre essa Estrela bendita, eles nada sabem, nada têm a dizer! Procuremo-la dentro de nós: o Menino é a luz que ilumina todo ser humano que vem a este mundo!
No século I, Santo Inácio de Antioquia já ensinava: “Uma estrela brilhou no céu mais do que qualquer outra estrela, e todas as outras estrelas, junto com o sol e a luz, formaram um coro, ao redor da estrela de Cristo, que superava a todas em esplendor”.
É esta luz que devemos buscar, esta luz que devemos seguir, por esta luz devemos nos deixar iluminar!
São Leão Magno, no século V, já pedia aos cristãos: “Deixa que a luz do Astro celeste aja sobre os sentidos do teu corpo, mas com todo o amor do coração recebe dentro de ti a luz que ilumina todo homem vindo a este mundo!”. E, também no mesmo século V, São Pedro Crisólogo, Bispo de Ravena, falava sobre o mistério deste dia: “Hoje, os magos que procuravam o Rei resplandecente nas estrelas, o encontram num berço. Hoje os magos veem claramente, envolvido em panos, aquele que há muito tempo procuravam de modo obscuro nos astros. Hoje, contemplam, maravilhados, no presépio, o céu na terra, a terra no céu, o homem em Deus, Deus no homem e, incluído no corpo pequenino de uma criança, Aquele que o universo não pode conter. Vendo-O, proclamam sua fé e não discutem, oferecendo-Lhe místicos presentes. Assim, o povo pagão, que era o último, tornou-se o primeiro, porque a fé dos magos deu início à fé de todos os pagãos!”

Quanta luz, na festa de hoje! E, no entanto, é preciso que compreendamos sem pessimismo, mas também sem ilusões diabólicas, que este mundo vive em trevas: “Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos...” Que tristeza tão grande, constatar que as palavras do Profeta ainda hoje são tão verdadeiras...
“Mas sobre ti apareceu o Senhor, e Sua glória já se manifesta sobre ti”. Não são trevas as tantas trevas da realidade que nos cerca? Não são trevas a violência, a devassidão, a permissividade, as drogas, a exacerbação da sensualidade, a maldita ideologia de gênero, a nefasta moda do politicamente correto que deseja envergonhar e calar a verdade e a retidão dos valores humanos e cristãos? Não são trevas a injustiça, a corrupção e a impiedade? Não é treva densa o comércio de religiões, o coquetel de seitas, o uso leviano e interesseiro do Evangelho e do Nome santo de Jesus? Não é treva medonha a dissolução da família, a relativização e esquecimento dos valores mais sagrados e da verdade da fé?

Deixemo-nos guiar pela Estrela do Menino, deixemo-nos iluminar pela Sua luz!
Com os magos, ajoelhemo-nos diante Daquele que nasceu para nós e está nos braços da sempre Virgem Maria Mãe de Deus: ofereçamos-Lhe nossos dons: não mais mirra, incenso e ouro, mas a nossa liberdade, a nossa consciência e a nossa decisão de segui-Lo humilde e obedientemente até o fim. Assim, alegrar-nos-emos com grande alegria e voltaremos ao mundo por outro caminho,“não em orgias e bebedeiras, nem em devassidão e libertinagem, nem em rixas e ciúmes. Mas vesti-vos do Senhor Jesus e não procureis satisfazer os desejos da carne. Deixemos as obras das trevas e vistamos a armadura da luz” (Rm 13,13.12).


Terminemos com o pedido que a Igreja fará na oração após a comunhão: “Ó Deus, guiai-nos sempre e por toda parte com a Vossa luz celeste, para que possamos acolher com fé e viver com amor o mistério de que nos destes participar!” Amém.

Dom Henrique Soares
Bispo da Diocese de Palmares

Homenagem da semana.


Nasceu em Garanhuns PE, aos 12 de maio de 1963, filho primogênito de José de Vasconcelos Pontes e Marlene Gomes de Vasconcelos de uma família de seis irmãos.
Foi batizado aos 22 de maio de 1963 na igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição (hoje N. Senhora do Perpetuo Socorro, dos missionários redentoristas em Garanhuns). Na mesma paróquia recebeu a primeira comunhão. Em 1979, na Catedral de Garanhuns, foi crismado por Dom Tiago Postma. Aos 12 de outubro de 1987, por ocasião da festa de Nossa Senhora Aparecida, foi instituído leitor e acólito na Paróquia de São Roque, bairro CECAP em Guarulhos, por Dom João Bergese bispo diocesano daquela Diocese. Aos 19 de agosto de 1989, domingo da Assunção de Nossa Senhora foi ordenado diácono na Igreja Matriz de Águas Belas –PE e aos 09 de dezembro de 1989, foi ordenado presbítero, pela imposição das mãos de Dom Tiago Postma na Igreja matriz de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, onde fora batizado.
Fez o curso primário no Instituto São José das irmãs da Sagrada Providência do Menino Jesus em Garanhuns – PE. Cursou o primeiro grau maior e o segundo grau no Colégio Santa Sofia das Religiosas da Instrução Cristã, ingressando no Seminário Propedêutico em Garanhuns no ano seguinte. Em 1984 foi enviado para o Seminário Regional Nordeste II e iniciou o curso de filosofia no Instituto de Teologia do Recife – ITER. No ano seguinte foi enviado por seu bispo diocesano Dom Tiago Postma para o Seminário Diocesano de Guarulhos SP. Concluiu o curso de filosofia e Teologia na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção em São Paulo em 1988. Em 2008 como aluno do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, obteve o diploma de mestrado em Teologia Patrística e História da Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e Atestado de Qualificação em Formação Vocacional pela Pontifícia Universidade Salesiana de Roma.
Episcopado
– 21/03/2012 – Nomeado pelo Santo Padre, O papa Bednto XVI, como Bispo auxiliar de Fortaleza.
– 11/6/2012 – Sagração episcopal por Dom Fernando José Monteiro Guimarães, bispo de Garanhuns;
– 6/7/2012 – Apresentação à Arquidiocese de Fortaleza como Bispo Auxiliar.

O nosso blog felicita Dom Vasconcelos e agradece pelo seu trabalho episcopal como Auxiliar da Arquidiocese de Fortaleza.

Com informações do site da Arquidiocese de Fortaleza.

Novos Cardeais para a Igreja.



O Papa Francisco criará quinze novos cardeais no próximo Consistório, em 14 de fevereiro. Destacam-se arcebispos e bispos latino-americanos, sendo de 14 países diferentes. Representados assim: 5 europeus, 3 asiáticos, 3 latino-americanos (México está incluso), 2 africanos e 2 da Oceania. 

O Papa Francisco criará também cinco cardeais eméritos, sem direito a voto no Conclave. “Eles representam tantos bispos que, com a mesma solicitude de pastores, deram testemunho de amor a Cristo e ao Povo de Deus seja nas Igrejas particulares, seja na Cúria Romana, assim como no Serviço Diplomático da Santa Sé”, destacou Francisco.

Futuros Cardeais, anunciados neste domingo 04:

- Dom Dominique Mamberti, Arcebispo de Sagona, Prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica;
- Dom Manuel José Macário do Nascimento Clemente, Patriarca de Lisboa (Portugal);
- Dom Berhaneyesus Demerew Souraphiel, C.M., arcebispo de Addis Abeba (Etiópia);
- Dom John Atcherley Dew, arcebispo de Wellington (Nova Zelândia);
- Dom Edoardo Menichelli, arcebispo de Ancona-Osimo (Itália);
- Dom Pierre Nguyên Văn Nhon, arcebispo de Hanóid (Vietnã);
- Dom Alberto Suárez Inda, arcebispo de Morelia (México);
- Dom Charles Maung Bo, S.D.B., arcebispo de Yangon (Myanmar);
- Dom Francis Xavier Kriengsak Kovithavanij, arcebispo de Bangkok (Tailândia);
- Dom Francesco Montenegro, arcebispo de Agrigento (Itália);
- Dom Daniel Fernando Sturla Berhouet, S.D.B., arcebispo de Montevidéu (Uruguai);
- Dom Ricardo Blázquez Pérez, arcebispo de Valladolid (Espanha);
- Dom José Luis Lacunza Maestrojuán, O.A.R., bispo de David (Panamá);
- Dom Arlindo Gomes Furtado, bispo de Santiago de Cabo Verde (Cabo Verde);
- Dom Soane Patita Paini Mafi, bispo de Tonga (Ilhas de Tonga);

Eméritos indicados:

- Dom José de Jesús Pimiento Rodríguez, arcebispo emérito de Manizales (Colômbia);
- Dom Luigi De Magistris, arcebispo de Nova, Pró-Penitencieiro Maior emérito (Itália);
- Dom Karl-Joseph Rauber, arcebispo de Giubalziana, Núncio Apostólico; (Alemanha)
- Dom Luis Héctor Villalba, arcebispo emérito de Tucumán (Argentina);
- Dom Júlio Duarte Langa, bispo Emérito de Xai-Xai (Moçambique).