quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Cordeiros são abençoados pelo Papa para dar origem aos novos pálios.

Foram apresentados ao Papa na manhã desta quarta-feira (21/01), antes da Audiência Geral, no átrio da Casa Santa Marta, os dois cordeiros abençoados por ocasião da memória litúrgica de Santa Inês.
Pálio Arquiepiscopal
A lã dos cordeiros será utilizada para confeccionar os Pálios dos novos Arcebispos Metropolitanos. O Pálio é uma insígnia litúrgica de honra e de jurisdição que é usado pelo Papa e pelos Arcebispos Metropolitanos nas suas Igrejas e naquelas das suas províncias. O Pálio destinado aos Arcebispos Metropolitanos é constituído por uma estreita faixa confeccionada em lã branca e decorada com seis cruzes de seda preta.
O rito de imposição do Pálio aos Arcebispos Metropolitanos é realizado pelo Papa no dia 29 de junho, no Vaticano, durante a Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.
Fonte: Rádio Vaticano

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Homenagem

Nascido aos 25 de janeiro de 1962 em União dos Palmares, Estado de Alagoas, Brasil.
Foi ordenado sacerdote no dia 1º de novembro de 1992 em Arujá, Diocese de Mogi das Cruzes – SP. 
Estudos:
Cursou o primeiro e o segundo grau em Mogi das Cruzes.
Cursou Filosofia no Seminário Sagrado Coração de Jesus – Mogi das Cruzes – SP, e Teologia na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção – São Paulo -SP.
Atividades exercidas:
• Vigário Paroquial da Paróquia Jesus Cristo Redentor do Homem, em Itaquaquecetuba, Diocese de Mogi das Cruzes (1992-1993);
• Coordenador de Pastoral e Coordenador Vocacional da Diocese de Mogi das Cruzes (1994-2000);
• Administrador Paroquial da Paróquia Jesus Cristo Redentor do Homem, em Itaquaquecetuba (1994-1997)
• Pároco da Paróquia São José em Salesópolis (desde 1997)
• Pároco da Paróquia São José em Salesópolis, e Diretor Espiritual dos Seminaristas da Diocese de Mogi das Cruzes.
•  Ordenação Episcopal  25/03/2011, em Mogi das Cruzes, SP;
•  21/04/2011 – Apresentação à Arquidiocese de Fortaleza, na Missa do Santo Crisma, na Catedral Metropolitana de Fortaleza.
fonte Arquidiocese de Fortaleza.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Dom Antônio Tourinho é sagrado bispo.

Nomeado pelo papa Francisco em 12 de novembro de 2014, foi sagrado bispo neste sábado 17 de janeiro em Jequié - BA, em frente a Catedral Santo Antonio.

Sagrante: Dom José Ruy, OFMcap
Co-sagrantes: Dom Fernando Saburido
                     Dom Cristiano Krapf.

Lema: O amor vence tudo

Homilia da do Sagrante Dom José Ruy, OFMcap

Aos co-sagrantes desta ordenação episcopal, Dom Antônio Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife e o bispo emérito desta diocese, Dom Cristiano Krapf. Aos Irmãos Bispos deste Regional Nordeste III, na pessoa do nosso Metropolita, confrade e amigo, Dom Luiz Pepeu, dos Irmãos Bispos do Nordeste II que acolhe o ordenando.
Saudando o Vigário Geral de nossa Diocese de Jequié, Mons. Haroldo Coêlho; nos presbíteros assistentes do ordenando, Mons. Luiz Rodrigues e Pe. Dourival Miranda, saúdo os demais sacerdotes que concelebram esta divina liturgia, incluindo também os diáconos, seminaristas e religiosas.

Amado Povo de Deus,
O Evangelho Jo 15,9-17 proclamado no qual o Mestre nos ensina a PERMANECER é a grande lição de hoje num mundo marcado pela fugacidade, um tempo sublinhado por relações descartáveis. São poucos aqueles que pensam e planejam o eterno, o definitivamente duradouro.
É uma passagem que pertence ao conjunto de discursos de despedida de Jesus em que Ele pede aos discípulos, além da permanência na fé, também exige a permanência no amor.
Para isto Jesus se faz protótipo e modelo do amor. “Ele permanece no amor do Pai” (Jo 15,10) e “dá a vida por seus amigos” (15,13).
Como se baseia no amor de Deus, é, e sempre será pura Graça.
“O mandamento do amor não é para covardes e tímidos, mas sua suavidade vive da temeridade dos mártires, semelhante à virgindade cuja dignidade se baseia na audácia intrépida que é maior que a dos guerreiros”. (Santo Ambrósio, De Virg.) 
É através do mandamento do amor que se decide conversão ou apostasia. 
Ainda neste trecho do Evangelho segundo João, podemos nos interrogar que sendo o amor a essência de Deus e o sentimento mais nobre do ser humano, possa ser tornar uma obrigação, um mandamento?
Lembro-me de uma passagem de um dos livros de saudoso Alceu Amoroso Lima, conhecido e amado filósofo católico no Brasil, em que o mesmo emitia uma crítica a Sheakespeare, quando colocava na boca de Hamlet, a questão: “ser ou não ser”. O Prof. Alceu afirmava que esta não é a questão existencial do ser humano, pois nós já existimos, somos. A questão, segundo ele, é exatamente esta: “amar ou não amar”. 
Isto posto, ao saudar o Mons. Antônio Tourinho, congratulo-me com o mesmo na escolha de seu lema episcopal: “o amor tudo vence”.
Parafraseando, Kiekegaard, podemos dizer: “o homem que ama de verdade, quer amar para sempre. O amor precisa ter como horizonte a eternidade, caso contrário é apenas um passatempo”.
Quem ama é bem feliz não somente em poder amar, mas em dever amar. Este é o mandamento mais bonito e mais libertador do mundo.
O saudoso Cardeal Martini, uma vez arcebispo de Milão, escreveu pouco antes de falecer um livro intitulado, “ O Bispo”. Neste opúsculo, o saudoso purpurado dizia que “o bispo é colocado num candelabro para iluminar a todos” . Foi assim que compreendi que tantas vezes não sou apenas a sétima vela colocada sobre o altar nas celebrações festivas ou solenes, mas devemos ser a sétima vela colocada diariamente na vida das pessoas.
Segundo as palavras do Pontifical Romano para esta divina liturgia, “No Bispo com seus presbíteros está presente entre vós o próprio Jesus Cristo, Senhor e Pontífice eterno. Pelo ministério do Bispo, é Cristo que continua a proclamar o Evangelho e a distribuir aos que creem os sacramentos da fé. Pela solicitude paternal do Bispo, é Cristo que incorpora novos membros à Igreja. Pela sabedoria e prudência do Bispo, é Cristo que vos conduz nesta peregrinação terrena, até a felicidade eterna”.
Certamente, Mons. Antônio, durante o seu retiro em preparação a este momento profundo, ao meditar a Regra Pastoral de São Gregório Magno, chegaram ao seu coração estas inesquecíveis palavras que, um homônimo deste santo,Dom Magnus, me advertia a nunca esquecer: “ que o bispo não aspire a algum sucesso da vida presente, nem tema adversidade alguma, menospreze as adulações deste mundo, considerando o que no íntimo causa temor, e, ao mesmo tempo, não despreze o temor...No sucesso, não se ensoberbeça, não se abata na adversidade; nenhuma adulação o seduza a ponto de fazê-lo buscar o prazer; a severidade das dificuldades não o desencorajem. Que paixão alguma atenue o vigor do seu espírito e que, assim, ele possa mostrar toda beleza do véu umeral que recobre seus ombros...”
Ainda assim, meu Irmão, evocando mais uma vez as palavras do Pontifical: “Prega a Palavra, quer agrade, quer desagrade”.
A experiência de São Basílio nos deixa em um de seus ensinamentos, incorporados à teologia do episcopado, que “o Bispo preside em lugar do Pai”.
O Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática Lumen Gentium 20, afirma: “Os bispos por instituição divina sucedem o lugar dos apóstolos como pastores da Igreja, e quem os escuta, escuta a Cristo, quem os despreza, despreza o Cristo e aquele que o enviou”.
Aos 12 de novembro do ano passado, Deus lhe confiou a missão de pastorear sua Igreja, como bispo auxiliar da secular Arquidiocese de Olinda e Recife. Hoje, na sua missão de Pastor, reze para ter sempre presente, no seu múnus, o espírito do serviço, a exemplo do que nos recomendava o saudoso São João Paulo II, quando afirma: “Tendo sempre diante dos meus olhos o exemplo do Bom Pastor que veio, não para ser servido, mas para servir e dar a vida pelas ovelhas… então, o sentido do ministério do próprio ser de quem, como os doze, é chamado a entrar na maior intimidade com Jesus, só pode consistir numa disponibilidade total e sem condições aos outros, quer já pertençam ao aprisco, quer ainda não” (Pastores Gregis n.42). 
Na sociedade secularizada em que vivemos, não há lugar para Cristo. Ele não é mais o centro de nossa vida, de nossa família e, muitas vezes, nem mesmo de nossa espiritualidade. Consequência disso, é o crescente secularismo e o indiferentismo generalizado com que temos nos defrontado. 
Meu querido irmão, você terá muito o que ensinar, e, certamente, muito a apreender, pois espraia-se aos seus pés de pastor uma vasta área que mais parece com a missão assumida por Santo Antônio de Pádua quando desejou ir ao Oriente. A Arquidiocese de Olinda e Recife, que também possui Santo Antônio como Patrono é imensa em sua história e mais ainda em seus desafios. Ali o nosso confrade Dom Vital, entregou literalmente a sua vida e Dom Hélder Câmara atualizou. Deus nos inspire, como Igreja, a jamais esquecer que os leprosos de outrora continuam ainda perambulando pelas ruas de nossas cidades na figura dos excluídos, a fim de que, como cristãos, contribuamos para sua reinserção de maneira digna na comunidade! E como fizeste isso tão bem, caríssimo. Seja com os dependentes químicos, seja com os andarilhos.
Lembre-se sempre, dileto irmão: não pregamos para nós mesmos, as nossas ideologias, mas a de Jesus Cristo e seu Evangelho, da sua Igreja, única e verdadeira na qual entregamos nossas vidas por uma profissão de fé. Jamais esqueçamos de que somos depositários e não proprietários da Palavra de Deus. Por esta razão, devemos estar a serviço desta Palavra com total fidelidade e disponibilidade.
Nunca deixe que o vosso ministério de pastor fique à mercê das fantasias, das ideologias e dos interesses dos homens, dos modismos teológicos que surgem de pessoas, mesmo que no interno da Igreja...
Não somos donos desse ministério, deveremos apascentar segundo o coração de Jesus. É ele que nos orienta. Ele que nos dá a força e a coragem para a labuta diária. Sem a vida de oração, sem a Eucaristia, sem o diálogo, nada podemos e nada somos. Se assim nos tornarmos, fatalmente conduziremos nosso rebanho para os precipícios da pós-modernidade.
Deixe que Deus seja Deus. Não tome o lugar do Supremo Pastor que é Jesus Cristo, mas sonhe, pense, sinta e aja como se em lugar de Cristo.
O Papa Francisco lhe confiou, Padre Tom, a missão de ajudar Dom Fernando Saburido a dar continuidade aos trabalhos da Arquidiocese de Olinda e Recife, uma Igreja reunida em torno do Bispo e seu Presbitério. Mais uma vez o mistério da Igreja se realiza e o corpo de Cristo ganha expressão concreta. 
A comunhão é a espinha dorsal de todo o ser Igreja. Uma comunhão que se fundamenta na comunhão trinitária. Padre e bispo devem estar ligados intimamente à Santíssima Trindade. Sem comungar com a Santíssima Trindade não poderão comungar entre si e serão incapazes de gerar comunhão. Esta unidade, esta comunhão, tem como princípio e fundamento visível, o bispo, juntamente com o seu presbitério. O bispo é investido da plenitude do sacramento da Ordem. É a partir desta plenitude que se tece a comunhão eclesial. Somente neste sentido se pode dizer: Ubi Episcopus, ibi Ecclesia! (Onde está o bispo está a Igreja).
Esta missão episcopal traz consigo a responsabilidade de ser mestre da doutrina, sacerdote do culto e ministro do governo. Não esqueças, de que todas as responsabilidades devem ser norteadas pelo cajado do Bom Pastor que dá a vida por seu rebanho. Seja sempre um bispo sinal visível de unidade e comunhão da Igreja. Assim como vez tão bem o fez por estas plagas. Quero recordar, permita-me Padre Tom, sua profissão de fé e seu juramento de fidelidade, quando lhe confiei ser o meu Vigário Geral nesta querida Diocese de Jequié. Ali, na humilde capela de Santa Terezinha na sua ex-paróquia do Km 100, ao final da Santa Missa, o senhor declarava solenemente seu pacto de comunhão e unidade com o seu bispo e as suas orações diárias em meu favor. Dom Fernando, é este o bispo auxiliar que o senhor e sua Arquidiocese ganham neste momento.
Um sacerdote que ao chegar do seus estudos em Direito Canônico no Rio de Janeiro, foi destinado a uma pequena e recém criada paróquia do interior, onde se deslocava, de batina, na carona de uma ambulância para atender suas comunidades rurais. Padre Tom em Aiquara, Padre Tom da Catedral, Padre Tom do Km 100, Pe. Tom da Fazenda da Esperança.
Jamais esquecerei no coração e nunca se apagará em minha mente, quando fomos, em companhia de Pe. Washington, a uma rádio local anunciar a sua nomeação episcopal. Entre tantos ouvintes, muito júbilo. Mas, o primeiro que apareceu para lhe abraçar foi aquele que primeiro recebeu a graça da cura no tratamento contra a dependência das drogas.
Que o bom Deus lhe conceda sabedoria, caridade e firmeza necessárias para pastorear, tendo a alma repleta de sentimentos de ternura e afeto no agir de pastor, impulsionado pela fidelidade, coragem e disponibilidade de Nossa Senhora.

fonte Diocese de Jequié.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Homenagem.

O bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte dom Wilson Luís Angotti Filho é mestre em teologia dogmática pela Universidade Gregoriana de Roma (Itália).
Dom Wilson estudou filosofia e teologia, respectivamente, no Seminário Diocesano de São Carlos e na Faculdade Pontifícia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Foi ordenado padre em 1982. Exerceu inúmeras atividades na Diocese de Jaboticabal. Foi vigário paroquial nas Paróquias de São João Batista e Nossa Senhora Aparecida, de Bebedouro (SP), coordenador diocesano da Pastoral Vocacional. Dom Wilson integrou as Equipes de Formação do Seminário, do Conselho de Presbíteros e Colégio de Consultores. Foi professor no Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, no Instituto de Teologia Nossa Senhora do Carmo, em Jaboticabal, e no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese de Brasília. Também foi assessor diocesano da Catequese, coordenador diocesano de Pastoral e pároco da Paróquia São Judas Tadeu, na cidade de Jaboticabal (SP).

Entre 2007 e início de 2011, dom Wilson foi assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, da Conferência Nacional do s Bispos do Brasil (CNBB), além de integrar o Instituto Nacional de Pastoral (INP) e o Conselho Editorial das Edições CNBB. Atualmente é membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, da CNBB.

Dom Wilson foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte pelo Papa Bento XVI no dia 4 de maio de 2011. Recebeu a ordenação episcopal no dia 1º de julho do mesmo ano. Paulista de Taquaritinga, filho de Wilson Luís Angotti e Iracy Fernandes Angotti, dom Wilson nasceu no dia 5 de abril de 1958.

No dia 26 de outubro de 2012, recebeu do Governo de Minas a Medalha Santos Dumont, considerada a segunda condecoração mais importante entre as oferecidas pelo estado, a pessoas que de alguma forma prestaram serviços importantes à sociedade. 

O Portal Católico felicita dom Wilson pelo seu trabalho pastoral.

Fonte Arquidiocese de Belho Horizonte.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Reflexão

No Ano da Caridade, a construção da Paz.”

Iniciamos 2015 sob o sinal da Caridade na construção da Paz. Para nós na Arquidiocese de Fortaleza será este o Ano da Caridade, terceiro ano no triênio na celebração do Jubileu Centenário da Arquidiocese. Para toda a humanidade, nos votos e mensagem do Papa Francisco, a Paz se constrói com a Fraternidade, fundamento e caminho para a Paz: por isto o lema: “Já não escravos, mas irmãos”.
Em sua mensagem para a celebração do 48º Dia Mundial da Paz assim fundamenta com simplicidade direta o Papa Francisco (recomendamos sua completa leitura): “2. O tema, que escolhi para esta mensagem, inspira-se na Carta de São Paulo a Filemon; nela, o Apóstolo pede ao seu colaborador para acolher Onésimo, que antes era escravo do próprio Filemon, mas agora se tornou cristão, merecendo por isso mesmo, segundo Paulo, ser considerado um irmão. Escreve o Apóstolo dos gentios: «Ele foi afastado por breve tempo, a fim de que o recebas para sempre, não já como escravo, mas muito mais do que um escravo, como irmão querido» (Flm 15-16). Tornando-se cristão, Onésimo passou a ser irmão de Filemon. Deste modo, a conversão a Cristo, o início duma vida de discipulado em Cristo constitui um novo nascimento (cf. 2 Cor 5, 17; 1 Ped 1, 3), que regenera a fraternidade como vínculo fundante da vida familiar e alicerce da vida social.”
É da constatação de que: “Infelizmente, o flagelo generalizado da exploração do homem pelo homem fere gravemente a vida de comunhão e a vocação a tecer relações interpessoais marcadas pelo respeito, a justiça e a caridade.” “Infelizmente, entre a primeira criação narrada no livro do Gênesis e o novo nascimento em Cristo – que torna, os crentes, irmãos e irmãs do «primogênito de muitos irmãos» (Rom 8, 29) –, existe a realidade negativa do pecado, que interrompe tantas vezes a nossa fraternidade de criaturas e deforma continuamente a beleza e nobreza de sermos irmãos e irmãs da mesma família humana. Caim não só não suporta o seu irmão Abel, mas mata-o por inveja, cometendo o primeiro fratricídio. «O assassinato de Abel por Caim atesta, tragicamente, a rejeição radical da vocação a ser irmãos. A sua história (cf. Gen 4, 1-16) põe em evidência o difícil dever, a que todos os homens são chamados, de viver juntos, cuidando uns dos outros».[2]”
Esta infelicidade humana tem entre tantas causas uma fundamental: “4. Hoje como ontem, na raiz da escravatura, está uma concepção da pessoa humana que admite a possibilidade de tratá-la como um objeto. Quando o pecado corrompe o coração do homem e o afasta do seu Criador e dos seus semelhantes, estes deixam de serem sentidos como seres de igual dignidade, como irmãos e irmãs em humanidade, passando a ser vistos como objetos. Com a força, o engano, a coação física ou psicológica, a pessoa humana – criada à imagem e semelhança de Deus – é privada da liberdade, mercantilizada, reduzida a propriedade de alguém; é tratada como meio, e não como fim.”
E diante de tantas faces da escravidão (ainda hoje milhões de pessoas – crianças, homens e mulheres de todas as idades – são privadas da liberdade e constrangidas a viver em condições semelhantes às da escravatura) a que são submetidas por outras suas semelhantes, que são suas irmãs, a que somos todos chamados senão ao reconhecimento real da filiação comum de um único Pai, da irmandade comum no Cristo Senhor, o Filho de Deus que se fez Filho do Homem e Irmão de toda pessoa humana para nos unir em comunhão de vida e dignidade em toda a humanidade no único Amor que é o próprio Deus?
O Santo Padre o Papa Francisco convida a todos a “globalizar a fraternidade, não a escravidão nem a indiferença”, com atitudes pessoais, comunitárias em gestos concretos que vão muito além de qualquer retórica: “Nesta perspectiva, desejo convidar cada um, segundo a respectiva missão e responsabilidades particulares, a realizar gestos de fraternidade a bem de quantos são mantidos em estado de servidão. Perguntemo-nos, enquanto comunidade e indivíduo, como nos sentimos interpelados quando, na vida quotidiana, nos encontramos ou lidamos com pessoas que poderiam ser vítimas do tráfico de seres humanos ou, quando temos de comprar, se escolhemos produtos que poderiam razoavelmente resultar da exploração de outras pessoas. Há alguns de nós que, por indiferença, porque distraídos com as preocupações diárias, ou por razões econômicas, fecham os olhos. Outros, pelo contrário, optam por fazer algo de positivo, comprometendo-se nas associações da sociedade civil ou praticando no dia-a-dia pequenos gestos como dirigir uma palavra, trocar um cumprimento, dizer «bom dia» ou oferecer um sorriso; estes gestos, que têm imenso valor e não nos custam nada, podem dar esperança, abrir estradas, mudar a vida a uma pessoa que tateia na invisibilidade e mudar também a nossa vida face a esta realidade.”
“Temos de reconhecer que estamos perante um fenómeno mundial que excede as competências de uma única comunidade ou nação. Para vencê-lo, é preciso uma mobilização de dimensões comparáveis às do próprio fenômeno. Por esta razão, lanço um veemente apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas, de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contemporânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade, mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo,[12] o Qual Se torna visível através dos rostos inumeráveis daqueles a quem Ele mesmo chama os «meus irmãos mais pequeninos» (Mt 25, 40.45)
E neste ANO DA CARIDADE, em que nos reconhecemos “Levados pela Caridade de Cristo”(2 Cor 5, 14)reconhecemos que desde as“origens da família humana, o pecado de afastamento de Deus, da figura do pai e do irmão torna-se uma expressão da recusa da comunhão e traduz-se na cultura da servidão (cf. Gen 9, 25-27), com as consequências daí resultantes que se prolongam de geração em geração: rejeição do outro, maus-tratos às pessoas, violação da dignidade e dos direitos fundamentais, institucionalização de desigualdades. Daqui se vê a necessidade duma conversão contínua à Aliança levada à perfeição pela oblação de Cristo na cruz, confiantes de que, «onde abundou o pecado, superabundou a graça (…) por Jesus Cristo» (Rom 5, 20.21). Ele, o Filho amado (cf. Mt 3, 17), veio para revelar o amor do Pai pela humanidade. Todo aquele que escuta o Evangelho e acolhe o seu apelo à conversão, torna-se, para Jesus, «irmão, irmã e mãe» (Mt 12, 50) e, consequentemente, filho adotivo de seu Pai (cf. Ef 1, 5). No entanto, os seres humanos não se tornam cristãos, filhos do Pai e irmãos em Cristo por imposição divina, isto é, sem o exercício da liberdade pessoal, sem se converterem livremente a Cristo. Ser filho de Deus requer que primeiro se abrace o imperativo da conversão: «Convertei-vos – dizia Pedro no dia de Pentecostes – e peça cada um o batismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo» (At 2, 38). Todos aqueles que responderam com a fé e a vida àquela pregação de Pedro, entraram na fraternidade da primeira comunidade cristã (cf. 1 Ped 2, 17; At 1, 15.16; 6, 3; 15, 23): judeus e gregos, escravos e homens livres (cf. 1 Cor 12, 13; Gal 3, 28), cuja diversidade de origem e estado social não diminui a dignidade de cada um, nem exclui ninguém do povo de Deus. Por isso, a comunidade cristã é o lugar da comunhão vivida no amor entre os irmãos (cf. Rom 12, 10; 1 Tes 4, 9; Heb 13, 1; 1 Ped 1, 22; 2 Ped 1, 7). Tudo isto prova como a Boa Nova de Jesus Cristo – por meio de Quem Deus «renova todas as coisas» (Ap 21, 5)[3] – é capaz de redimir também as relações entre os homens, incluindo a relação entre um escravo e o seu senhor, pondo em evidência aquilo que ambos têm em comum: a filiação adotiva e o vínculo de fraternidade em Cristo. O próprio Jesus disse aos seus discípulos: «Já não vos chamo servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai» (Jo 15, 15).
 “No Ano da Caridade, (faremos) a construção da Paz”, vivendo a nossa filiação de Deus e a nossa fraternidade com os irmãos.
 Este Novo Ano, que a bondade infinita de Deus nos dá, seja guiado pela Palavra onipotente  que se fez carne impotente e mortal para nos guiar à imortalidade.
Que brilhe a Luz que ilumina todo homem vindo a este mundo, para que seus dias sejam cheios do Amor, da Paz e da Felicidade que agora prenunciam na História a Feliz Eternidade da qual nos faz participantes o Filho de Deus feito nosso Irmão.
Começamos o Novo Ano sob a proteção da Santa Mãe de Deus, Maria, que trouxe no seio virginal o Filho do Pai Eterno – o Príncipe da Paz: nEle nós somos “Já não escravos, mas irmãos” para sempre.
Feliz e Abençoado Ano do Senhor 2015.
Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano de Fortaleza

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Homenagem.

Biografia

Dom Jaime Spengler é filho de Genésio Bernardo (falecido em 31.05.2014) e Léa Maria Spengler. Nasceu no dia 6 de setembro de 1960 na cidade de Gaspar no Estado de Santa Catarina. Tem duas irmãs e um irmão; é o primeiro dos quatro filhos do casal. Aos quatorze anos começou a trabalhar na empresa “Linhas Círculo”, onde trabalhou por cinco anos. Mais tarde, decidiu ingressar na vida religiosa franciscana.

Após dois anos de estudos no Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1982, pela admissão no Noviciado na cidade de Rodeio(SC). Em 8 de dezembro de 1985, fez seus votos solenes na Ordem dos Frades Menores. Nos anos de 1983 a 1985 cursou Filosofia no Instituto Filosófico São Boaventura, de Campo Largo(PR). Posteriormente iniciou o curso de Teologia, no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis(RJ), concluindo-o no Instituto Teológico de Jerusalém em Israel, em 1990. Recebeu a Ordenação Diaconal no dia 29 de junho de 1989, na cidade de Nazaré, em Israel. Regressando ao Brasil, foi ordenado sacerdote em 17 de novembro de 1990, em Gaspar.

Em 1990 trabalhou no Noviciado Franciscano, em Rodeio. De 1991 a 1995 foi mestre de Postulantes e Professor no Seminário Frei Galvão, na cidade de Guaratinguetá(SP). Em Roma, fez o doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, nos anos 1995 a 2000. 

SERVIÇOS PRESTADOS

De 2000 a 2003 foi Vice-Reitor e Professor no Instituto Filosófico São Boaventura, na cidade de Campo Largo(PR). Foi assistente eclesiástico da Federação Brasileira das Irmãs Concepcionistas, nos anos de 2001 e 2002. De 2004 a 2006 foi Guardião da fraternidade franciscana Bom Jesus dos Perdões e Vigário Paroquial da Paróquia do mesmo nome, em Curitiba.

De 2007 a 2010, exerceu o serviço de Guardião da fraternidade Bom Jesus da Aldeia, e vice-presidente da Associação Franciscana de Ensino Bom Jesus, em Campo Largo(PR).

Em 2010, foi novamente Guardião da fraternidade franciscana Bom Jesus dos Perdões e Pároco da Paróquia do mesmo nome, em Curitiba, além de continuar como Vice-Presidente da Associação Franciscana de Ensino Bom Jesus de Campo Largo e atuar como professor no Curso de Filosofia do Centro Universitário Franciscano do Paraná.

Aos 10 de novembro de 2010, Dom Jaime foi nomeado Bispo-Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre, pelo Papa Bento XVI. A ordenação episcopal, presidida por Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico no Brasil, aconteceu no dia 5 de fevereiro de 2011, na Paróquia São Pedro Apóstolo, na cidade de Gaspar.

Nomeado Vigário episcopal do Vicariato de Gravataí(RS), foi apresentado ao mesmo durante celebração eucarística na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Anjos (Matriz de Gravataí), no dia 13 de março de 2011.

Durante a 49ª Assembleia Anual do Episcopado Brasileiro em Aparecida, em maio de 2013, foi escolhido pelos bispos do Rio Grande do Sul para ser o Bispo Referencial da Pastoral da Educação e Cultura, no Regional Sul-3 da CNBB.

Em 25 de junho de 2011 foi escolhido para integrar a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, sendo o Bispo Referencial para a Vida Consagrada no Brasil.

No dia 15 de agosto de 2012, foi nomeado pelo Arcebispo Dom Dadeus Grings como Procurador e Ecônomo da Arquidiocese de Porto Alegre.

Em 18 de setembro de 2013 o papa Francisco ao receber o pedido de renúncia de Dom Dadeus Grings concomitantemente nomeou Dom Jaime Spengler com o sétimo arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre.

No dia 29 de junho recebeu do papa Francisco o Pálio Arquiepiscopal na cerimônia de São Pedro e São Paulo, ligando-o assim a Igreja de Roma ao território da Arquidiocese, que supõe a Arquidiocese de Porto Alegre e suas dioceses sufragâneas: Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Montenegro e Osório.

O Portal Católico agradece a Dom Jaime Spengler pelo seu trabalho pastoral.

Fonte Arquidiocese de Porto Alegre.